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COMO FUNCIONA UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA – ETA

Entenda como funciona uma Estação de Tratamento de Água (ETA), quais são as etapas envolvidas na distribuição e mais.

A água é um recurso disponível na natureza, mas, para fazê-la chegar até as cidades e às residências, é necessário que essa água passe por uma série de processos, a fim de tornar possível a sua manutenção em reservatórios e para que ela possa chegar às residências própria para o consumo humano, ou seja, para que ela seja potável. Entenda cada uma das etapas durante o processo e a entenda situação do saneamento no Brasil.

> Situação geral do saneamento
> Etapas do tratamento da água em uma ETA
> Marco legal do saneamento básico no Brasil

Entenda como funciona uma Estação de Tratamento de Água (ETA), quais são as etapas envolvidas na distribuição e mais.

Situação geral do saneamento

Devido ao mau uso do recurso hídrico que resulta das intervenções humanas e do aumento demográfico da população, principalmente nos grandes centros urbanos, temos que captar água de rios e represas a cada dia mais distantes, em grande parte poluídas e, por isso, imprópria para o consumo. Mesmo a água captada na natureza contém a presença de folhas, peixes, lodo e muitas bactérias e precisam de tratamento para chegar em nossas casas, limpa, incolor e inodora, ou seja, potável. Para isso, ela passa cerca de três horas dentro de uma Estação de Tratamento de Água, denominada ETA.

Estes processos, ao longo dos anos foram realizados com válvulas manuais e com um contingente de mão de obra elevado. Teremos necessidade de processos mais modernos, automatizados, seguros e com sistemas de redução de perdas.

Etapas do tratamento da água em uma ETA

Este tratamento inclui fases de decantação da sujeira, filtragem e adição de cloro e flúor, entre outras. Podemos citar como exemplo umas das maiores ETAs do Estado de São Paulo (ETA Guaraú), que tem a sua água captada nas represas de Jaguari-Jacareí e, através das adutoras, percorre 48 km por túneis. Também com mais captação em outras quatro represas, numa enorme estação elevatória, a água é bombeada para 120 metros acima, permitindo ser tratada na estação do Guaraú.

Neste percurso, que pode durar até 30 dias, válvulas controlam o fluxo de água que entra na estação. Existem diversos tipos de válvulas, gavetas e guilhotinas de grande porte na captação inicial e, durante a entrada e manuseio na ETA, se utiliza, atualmente, válvulas borboletas, em sua maioria.

Esta água, imprópria ao chegar, vai direto para um tanque enorme, denominado Bacia de Tranquilização ou Equalização, onde ocorre uma diminuição da velocidade e é iniciada a adição dosada de cloro, para que os metais fiquem menos solúveis e haja a destruição de microrganismos. Nesta fase, são usadas válvulas macho e diafragma para adição de cloro.

Após esta operação, a água vai para o Canal de Coagulação/Floculação, onde dosadores liberam sulfato de alumínio para desestabilizar pequenas partículas coloidais de sujeira (diâmetro médio entre 1 a 1000 nm), causando sua deposição ou aglomeração em flóculos.  Este é um processo químico.

Em seguida temos uma forte agitação de, aproximadamente, 30 segundos, aumentando a dispersão do coagulante e depois agitando-se levemente para que haja decantação dos flóculos.

Estes flóculos são encaminhados para próxima etapa, que consiste em sedimentação e a decantação, onde depositam-se no fundo de tanques, como numa enorme piscina, por uns 90 minutos, onde estes flóculos descem para o fundo e são transformados em resíduos sólidos (lodo), que, através de um sistema de pás giratórias, são encaminhados ao centro do tanque, sendo transferidos para um poço e, a cada duas horas, despejado no esgoto para serem tratados nas ETEs (Estações de Tratamento de Esgotos).

Então a água da superfície do Decantador é levada a dezenas de filtros verticais, entrando por cima deles e saindo por baixo. Estes filtros contêm camadas de carvão, areia, pedregulho e cascalho, que tem como função reter o restante da sujeira da água. Geralmente, nestes processos são utilizadas válvulas borboleta e gaveta.

Terminado o processo de filtragem da água, ela vai para um canal onde recebe a adição de mais cloro, cal e flúor. O cloro garante que a água chegue desinfetada até as casas mais distantes da ETA, a cal eleva o PH, impedindo a corrosão dos canos da rede de abastecimento. O flúor é uma resolução pública para prevenir as cáries na população. Temos, para controle destes produtos químicos, utilização de válvulas macho e diafragma com predominância de equipamentos de plástico industrial.

Concluindo-se o processo após o término do tratamento, a água vai para um reservatório, de onde saem tubos que distribuem a água para a cidade. Nesta distribuição, contamos com vários tipos de válvulas, como válvula borboleta, válvula de esfera, redutora de pressão, válvula de retenção e medidores, que controlam e medem a vazão, permitindo a cobrança pelo uso deste bem finito, que devemos cuidar e economizar.

Estes processos, ao longo dos anos, foram realizados com válvulas manuais e com um contingente de mão de obra elevado. Teremos necessidade de processos mais modernos, automatizados, seguros e com sistemas de redução de perdas. Portanto temos percebido várias oportunidades e recursos financeiros disponibilizados com o intuito de aumentar a automação de válvulas e sistemas.

Marco legal do saneamento básico

Com os novos planos de crescimento do setor de saneamento no Brasil, aprovado em novo marco legal do saneamento básico, o projeto tem como meta atender 99% de fornecimento de água potável e 90% para coleta e tratamento de esgoto, abrangendo o território nacional até o dia 31 de dezembro de 2033, com previsão de investimento ao redor de R$ 700 bilhões.

Os estados e municípios poderão abrir concorrência a empresas privadas ou estatais através de licitações, cujo objetivo é definido pelos municípios para atingir as metas de cobertura estabelecidas no edital da licitação.

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