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SUSTENTABILIDADE: EXPANSÃO E PRESERVAÇÃO DO FUTURO

Os desafios, as necessidades e passos para garantir um desenvolvimento econômico e social responsável com sustentabilidade.

Quando se fala de sustentabilidade, este é um tema que vai além da preservação do meio ambiente. Garanti-la exige levar em consideração diversos aspectos da sociedade em um balanço delicado, especialmente quando falamos de desenvolvimento social e econômico. No entanto, alcançar um crescimento sustentável não é apenas possível: é uma necessidade para o futuro da humanidade.

> Sustentabilidade na história
> Pilares da sustentabilidade
> Práticas sustentáveis
> Compromisso BONGAS
> Governo, empresas e sociedade
> Conclusão

Os desafios, as necessidades e passos para garantir um desenvolvimento econômico e social responsável com sustentabilidade.

Sustentabilidade na história

A sustentabilidade é a chave para um desenvolvimento socioeconômico equilibrado, visando a preservação dos recursos naturais e o bem-estar das futuras gerações. A busca pelo desenvolvimento sustentável envolve garantir o conforto atual sem esgotar os recursos necessários para o futuro.

Ao longo da história, diversas culturas antigas compreenderam a importância da conservação dos recursos naturais, adotando práticas de manejo florestal e agricultura sustentável. No entanto, com o advento da revolução industrial, a busca desenfreada pelo crescimento econômico e o aumento populacional resultaram na exploração irresponsável dos recursos naturais, culminando em poluição, degradação ambiental e desigualdades sociais. Quando as consequências negativas destas ações foram identificadas, surgiram as primeiras preocupações sobre a interação humana no meio ambiente.

Nas décadas de 60 e 70 começou a se evidenciar um conceito moderno de sustentabilidade. Podemos destacar cinco momentos que definem as mudanças e dão origem ao padrão que temos hoje:

  • 1962 – Publicação do livro “A Primavera Silenciosa”, de Rachel Carson (1907-1964): considerado o primeiro alerta mundial contra os efeitos nocivos do uso de pesticidas na agricultura.
  • 1972 – O Clube de Roma: a ideia era convidar cerca de 20 personalidades da época para avaliar questões de ordem política, econômica e social com relação ao meio ambiente. A primeira reunião aconteceu em uma pequena vila em Roma, o que deu origem ao nome.
  • 1972 – Conferência de Estocolmo: a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano ocorreu entre os dias 5 a 16 de junho de 1972, sediada em Estocolmo e reuniu 113 países.
  • 1987 – Relatório “Nosso Futuro Comum”: o documento final desses estudos, também conhecido como Relatório Brundtland. Apresentado em 1987, propõe o desenvolvimento sustentável, que é “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”.
  • 1992 – Eco-92: Um dos principais consensos convenção, também chamada de Rio-92, foi o de que as nações mais desenvolvidas eram as maiores responsáveis pelos perigos ao meio ambiente. E que os países ainda em desenvolvimento necessitavam de suporte financeiro e tecnológico para atingirem modelos sustentáveis de crescimento.

Entre os principais resultados da Rio-92 estão o documento da Agenda 21, um roteiro para países, estados e cidades de como crescer e ao mesmo tempo resolver problemas ambientais e sociais, a criação da Convenção do Clima e da Convenção para a Biodiversidade, além do embrião da Convenção de Combate à Desertificação.

Desde então, a sustentabilidade evoluiu para além das preocupações ambientais e passou a abranger também questões sociais e econômicas. Hoje, é amplamente reconhecida que a sustentabilidade envolve não apenas a conservação dos recursos naturais, mas também a promoção da igualdade social, a justiça econômica e a proteção dos direitos humanos.

Pilares da sustentabilidade

É normal afirmar que uma organização trabalha com base no desenvolvimento sustentável quando ela busca ter sua essência ou base de trabalho focando os três pilares da sustentabilidade, que são: social, econômico e ambiental.

Em setembro de 2015, os países-membros da ONU adotaram, por unanimidade, o documento “Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, que se baseia em cinco eixos de ação: paz, pessoas, planeta, prosperidade e parceria.

No entanto, com o avanço cultural da filosofia de sustentabilidade, hoje já está sendo considerado sete pilares: social, econômico, ambiental, cultural, ético, político e estético.

Atualmente, os desafios ambientais estão relacionados a agricultura intensiva e a desmatamentos em larga escala em florestas que abrigam inestimável biodiversidade e que são cruciais para o equilíbrio do clima (Fearnside, 2016). As emissões de gases de efeito estufa atingiram níveis recordes em 2019, segundo a ONU (2020), o que compromete a habitabilidade do planeta.

Particularmente no Brasil, não são apenas desafios políticos e econômicos que estão relacionados com a sustentabilidade. O país conta com três obstáculos centrais, o que inclui o desinteresse, a desinformação e a desigualdade social. O desmatamento, as ações de grileiros, a expansão da agricultura, da pecuária e a falta de rigor para que as políticas ambientais sejam cumpridas têm devastado florestas e ambientes naturais que desempenham papel fundamental na vitalidade do planeta.

O desmatamento tem sérias consequências para o meio ambiente, incluindo a perda de biodiversidade, degradação do solo, alterações nos padrões climáticos e contribuição para as mudanças climáticas, uma vez que vegetação desempenha um papel fundamental na captura de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera.

A poluição atmosférica afeta quase todos os órgãos do corpo. Um estudo recente do Fórum de Sociedades Respiratórias Internacionais mostra que a poluição do ar contribui para uma série de doenças e complicações, desde diabetes e demência até problemas de fertilidade e leucemia infantil. Ela também está relacionada com a diminuição da eficácia do sistema mucociliar das narinas, aumento dos sintomas da asma, infecções das vias aéreas superiores e incidência de câncer de pulmão e doenças cardiovasculares.

Práticas sustentáveis

A importância da sustentabilidade é enorme e abrange diversos aspectos, desde a preservação do meio ambiente até a garantia de condições de vida adequadas para as gerações presentes e futuras. Desta maneira, se não definirmos ações e promover a conscientização, em um futuro breve estaremos com sérios riscos de impossibilitar a continuidade da espécie.

Abaixo estão sete práticas que devemos adotar para nossa vida, seja profissional ou pessoal:

  1. Conscientização da preservação do meio ambiente: proteger os recursos naturais, como água, ar, solo, fauna e flora, garantindo que possam ser utilizados de forma equilibrada e renovável.
  2. Desenvolver meios e ações para mitigação das mudanças climáticas: práticas sustentáveis, como a redução das emissões de gases de efeito estufa, contribuem para minimizar os impactos das mudanças climáticas, como o aumento da temperatura global, eventos climáticos extremos e o derretimento das calotas polares.
  3. Conservação da biodiversidade: a adoção de práticas sustentáveis ajuda a proteger a diversidade de espécies animais e vegetais, preservando os ecossistemas e os serviços ecossistêmicos essenciais para a vida no planeta.
  4. Desenvolvimento econômico sustentável: a sustentabilidade não se trata apenas de preservação ambiental, mas também de garantir o desenvolvimento econômico de forma equitativa e duradoura sem esgotar os recursos naturais.
  5. Justiça social e equidade: as práticas sustentáveis buscam garantir que todas as pessoas tenham acesso a condições de vida dignas, incluindo acesso a alimentos, água potável, moradia adequada, saúde e educação.
  6. Redução do desperdício e eficiência de recursos: a sustentabilidade promove o uso eficiente dos recursos naturais, reduzindo o desperdício e incentivando a reciclagem e a reutilização de materiais.
  7. Resiliência e adaptabilidade: a adoção de práticas sustentáveis torna as comunidades e os sistemas mais resilientes aos impactos das mudanças ambientais, como eventos climáticos extremos e escassez de recursos.

Compromisso BONGAS

Estabelecer objetivos claros é crucial para alcançar a sustentabilidade, e um desses objetivos é o engajamento tanto governamental quanto empresarial na gestão responsável dos recursos naturais. Nesse sentido, a BONGAS tem se destacado ao trabalhar intensivamente na busca por soluções sustentáveis que visam tanto o aproveitamento quanto a proteção dos recursos naturais.

Nossos produtos foram desenvolvidos para atender às necessidades de controle de fluidos, tanto na indústria de saneamento quanto para usinas de açúcar e biocombustível, implementos agrícolas e rodoviários, mineração, siderúrgicas e outras. Eles são integrados a sistemas de automação que permitem um controle preciso e rigoroso das válvulas, auxiliando no abastecimento de água tratada e no tratamento de esgoto, por exemplo.

Os dados abaixo destacam o alarmante desperdício de água tratada devido a problemas no abastecimento, bem como a grande quantidade de esgoto que retorna aos efluentes. Por meio da automação desses sistemas, podemos configurar parâmetros que fecham as válvulas automaticamente em caso de falha no processo, reduzindo drasticamente o desperdício de recursos naturais.

Essas medidas não apenas promovem a eficiência operacional, mas também contribuem significativamente para a preservação do meio ambiente, garantindo um uso mais responsável e sustentável dos recursos hídricos.

De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), a perda de água na distribuição no Brasil era de cerca de 37,4% em 2019 (em São Paulo, de 30% a 35%). Este número inclui não apenas vazamentos, mas também outros tipos de perdas, como extravasamentos, roubos de água e erros de medição. Aproximadamente 55,1% da população brasileira tinha acesso a serviços de coleta de esgoto, dos quais apenas 46,3% eram tratados. Em 2020, cerca de 6,8% da população brasileira não tinha acesso a água tratada em domicílios urbanos.

É importante notar que esses números variam significativamente entre áreas urbanas e rurais, bem como entre as diferentes regiões do país. Enquanto em áreas urbanas o acesso ao saneamento básico tende a ser mais amplo, em áreas rurais geralmente mais limitado.

A BONGAS está ativamente envolvida em projetos direcionados ao combate da poluição do ar, concentrando-se no desenvolvimento de motores movidos a combustíveis alternativos, como biodiesel e hidrogênio verde, além de sistemas fotovoltaicos e eólicos.

Em 2023, a BONGAS apresentou ao mercado um sistema híbrido de energia renovável (eólica e solar) como parte de sua iniciativa para fornecer controles automáticos em recursos naturais, especificamente na gestão da água. Com comunicação realizada por GSM, este sistema pode operar de forma independente ou simultaneamente, sendo especialmente útil em locais remotos onde a energia elétrica não está disponível.

Conjunto eólico + solar Bongas

Este equipamento híbrido permite atender aos três pilares da sustentabilidade da seguinte forma:

  • Social: ao permitir o controle de abertura e fechamento de válvulas à distância, elimina-se a necessidade de deslocamento de operadores para realizar essas tarefas, especialmente em áreas de difícil acesso.
  • Econômico: em caso de falha, como vazamentos, o sistema evita o desperdício de recursos como água, elementos químicos ou minerais. Além disso, o fechamento rápido das comportas e válvulas na saída dos tratamentos de efluentes e esgotos impede o retorno da água durante enchentes, evitando a saturação dos elementos biológicos e garantindo uma gestão eficiente dos recursos.
  • Ambiental: o sistema contribui significativamente para a redução do desperdício de água em caso de falhas na rede de distribuição. Além disso, o fechamento rápido das comportas após o tratamento de esgotos e efluentes previne a contaminação de rios, lagos e outros corpos d’água, promovendo a preservação ambiental.

Essas medidas demonstram o compromisso da BONGAS com a sustentabilidade, ao mesmo tempo em que oferecem soluções inovadoras e eficazes para o gerenciamento responsável dos recursos naturais.

Governo, empresas e sociedade

O governo tem um papel fundamental no desenvolvimento sustentável, que é legislar, fiscalizar, incentivar e participar de conferências e tratados internacionais.

Particularmente no Brasil, o governo tem uma missão de reduzir o lixo na natureza e a emissão de gases na atmosfera, além de promover turismo ecológico e a conservação e preservação da biodiversidade brasileira. Todas estas estão entre as ações do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para que o país tenha sua economia cada vez mais verde.

As empresas, ao adotarem práticas sustentáveis, assumem um papel fundamental nesta jornada coletiva de preservação do planeta. A responsabilidade ambiental transcende as fronteiras corporativas, impactando positivamente a sociedade ao assegurar um legado ambientalmente saudável para as próximas gerações. Ao desenvolver sistemas e processos eficientes de gestão ambiental, minimizam desperdícios e otimizam o uso de recursos, promovendo eficiência operacional e financeira.

Além disso, podemos definir, resumidamente, que a busca de sustentabilidade pode trazer diversas oportunidades que deveriam ser observadas, pois tornariam mais atrativo os incentivos industriais e governamentais, como:

  • Redução do custo de produção;
  • Abertura e ampliação da fatia de mercado;
  • Aceleração da inovação e lançamento de novos produtos;
  • Diminuição no preço dos produtos comercializados;
  • Fortalecimento da marca e imagem da empresa;
  • Novas alianças com parceiros de negócios;
  • Melhor relacionamento com clientes e fornecedores.

Também cabe à sociedade um importante papel para promover o desenvolvimento sustentável. Este papel está associado ao conceito de responsabilidade social, que induz os cidadãos a serem mais conscientes em relação ao consumo, assim como exigir do governo mudanças em prol do ambiente. A participação do cidadão é indispensável na melhoria e conservação do planeta para as gerações futuras. A atuação de cada indivíduo parece pouco no âmbito global, porém, se todos se conscientizarem acerca dos níveis de consumo de produtos e energia, entre outros, os resultados serão enormes.

Conclusão

As mudanças climáticas são o grande problema ambiental que a humanidade terá que enfrentar durante a próxima década, porém não é o único. Podemos citar alguns pontos que dificultam a implantação de um desenvolvimento sustentável, como as ações de grileiros, a expansão da agricultura, da pecuária e a falta de rigor para que as políticas ambientais sejam cumpridas.

Em particular, a agricultura intensiva e desmatamentos em larga escala são duas das principais causas para a destruição de florestas que abrigam inestimável biodiversidade e são cruciais para o equilíbrio do clima.

A sustentabilidade é um conceito fundamental para garantir um futuro saudável para o nosso planeta, especialmente diante de uma população crescente. Ela envolve ações que visam equilibrar o desenvolvimento econômico, a proteção do meio ambiente e a promoção da justiça social.

Discuta os desafios e barreiras enfrentados para alcançar um desenvolvimento sustentável, como interesses econômicos conflitantes e falta de vontade política. Sugira possíveis soluções para superar esses obstáculos. A busca pela sustentabilidade é uma responsabilidade de todos.

Artigo escrito por Emerson Bramante, Coordenador Técnico de Vendas
Há 8 anos trabalhando com a Bongas

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