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AUTOMAÇÃO DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTOS – ETE

A importância da automação de redes de tratamento de esgotos para a melhoria das águas de reuso e sua liberação segura no meio ambiente.

De acordo com a norma, a principal função da Estação de Tratamento de Esgoto é reduzir a poluição bruta do esgoto a um nível aceitável e, em seguida, transportá-lo para o oceano ou para rios. Este processamento pode ser realizado por ETE automático ou semiautomático e, para isso, além de blocos lógicos, temporizadores, contadores e componentes como motores e sensores também são utilizados. Hoje, a automação de processos ocupa uma posição central na indústria e é cada vez mais utilizada, proporcionando maior qualidade, produtividade e melhoria de procedimentos, além de otimização geral do sistema.

> Sistemas utilizados em uma ETE
> A importância do PLC na automação de uma ETE
> Exemplo prático do funcionamento do PLC

A automação tem revolucionado a maneira de se controlar o sistema de abastecimento de água concentrando os dados num centro operacional.

Sistemas utilizados em uma ETE

Fundamentalmente, as Estações de Tratamento de Esgoto utilizam sistemas elétricos e eletrônicos para realizar atividades repetitivas que exigem execução precisa, reduzindo as atividades humanas diretas que normalmente exporiam o processo a falhas. Portanto, os recursos técnicos e equipamentos utilizados para a automação das Estações de Tratamento de Esgoto podem atuar como catalisadores e acelerar o processo de tratamento, sendo este um sistema muito vantajoso.

Todas as instalações contam com medidas para evitar entupimentos, pois, além da função de elevação, a estação elevatória de esgoto auxilia na separação dos sólidos. Dispositivos com finalidades tão importantes devem ser fabricados com a mais alta qualidade.

Além do efluente industrial, temos o esgoto sanitário ou doméstico, que são bastante diferentes. Enquanto o efluente sanitário é composto por 99,9% de água e 0,1% de sólidos, com matéria orgânica, nutrientes ou microrganismos patogênicos, os efluentes industriais podem conter óleos, metais pesados e outras substâncias consideradas tóxicas e altamente contaminantes

A importância do PLC na automação de uma ETE

O escopo da automação de Estações de Tratamento de Esgoto pode incluir contemporaneamente o tratamento anaeróbio e aeróbio. De acordo com a necessidade do cliente, outros tratamentos podem ser realizados, como irrigação de áreas verdes e reaproveitamento da água dos sanitários.

Como pode ser visto na descrição do processo, a Estação de Tratamento de Esgotos requer vários motores, sensores e válvulas, e eles precisam de Controladores Lógicos Programáveis (PLC – Programmable Logic Controller) para operar e monitorar suas funções e sistemas de supervisão. Embora a ETE trabalhe automaticamente, ela deve ter supervisão qualificada e ser capaz de interpretar os resultados da análise laboratorial das águas residuais originais e tratadas, o que é necessário para avaliar a eficiência do tratamento.

Com o objetivo de otimizar o processo de tratamento de lodo por meio do controle de válvulas com atuadores elétricos, um projeto pode utilizar PLC para monitorar válvulas. Durante a passagem do lodo, elas são identificadas como válvulas de recirculação e de passagem. A válvula de recirculação configurada como válvula direta abrirá e fechará o canal de lodo. A válvula de desvio será fechada e aberta todos os dias para descarregar o lodo no tanque. Se existirem necessidades especiais na ETE, pode-se modificar este processo através do botão manual.

Exemplo prático do funcionamento do PLC

O PLC é inicialmente configurado para funcionar no modo automático, mas a válvula pode ser controlada manualmente. Defina a programação do fluxo de lodo ou recirculação com base nas configurações determinadas ou nas opções selecionadas pelo operador no botão manual.

No modo automático, primeiro inicie a recirculação, abra a válvula de recirculação e inicie a contagem do tempo de recirculação. Após este período, o canal de lodo inicia. Feche a válvula de recirculação e abra a válvula do canal de lodo. Decorrido o tempo de disposição do lodo, a válvula do lodo se fecha e a válvula de recirculação se abre, repetindo o processo.

No modo manual, as válvulas aguardam o comando do operador, seja para recirculação ou passagem de lodo. Controladores automáticos pré-programados operam de acordo com um tempo predeterminado para recirculação ou transferência de lodo. Após a leitura de todas as fases do programa, não há mais ações e o programa volta ao estágio inicial.

Existe um mecanismo de segurança para evitar a entrada de lamas, se o tanque de lamas estiver alto. Se este nível for ativado, o sistema impede a entrada de lamas. Graças a esta implementação, é possível monitorizar e controlar o fluxo de lamas, bem como reduzir custos, evitando avarias e acelerando o funcionamento em caso de problemas na operação da estação.

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